O cenário que se apresenta para este final de campanha é sombrio. Já bate o desespero em alguns comitês de candidatos proporcionais e principalmente majoritários.
Não podemos nos esquecer: para alguns, a eleição deste ano pode significar a diferença entre viver e/ou morrer. Eleitos, tais candidatos poderão manter a estrutura de segurança – quase sempre paga pelo erário – e ainda continuar enriquecendo com o produto do roubo que perpetram desde sempre.
Pelo contrário, se perderem a eleição terão de montar suas milícias privadas gastando o tanto que já subtraíram dos cofres públicos. Esses exércitos particulares e informais são montados por pistoleiros profissionais, inconfiáveis por vocação. Robson Mendes, temido coronel de Palmeira dos Índios, veio a tombar pelas balas dos seus “funcionários”, em março de 1967.
O período que passamos a viver, a partir da próxima semana, é extremamente delicado também na eleição majoritária – com destaque para a disputa pelo governo do Estado. As mais recentes movimentações, inclusive nas ruas de Maceió, apontam para possíveis atos de violência com consequências imprevisíveis.
Grupos organizados, movidos por um discurso iracundo com resquícios da ideologia fascista, podem ir além do tolerável numa campanha eleitoral. Embates físicos envolvendo hordas de rebeldes sem causa acabam, quase sempre, com um corpo estendido no chão. Há uma necessidade urgente da presença da polícia, principalmente a PM, nos locais em que esses grupos exibem sua fúria - remunerada, assim parece.
O cidadão comum, que já desconfia da atividade política como sendo algo semelhante à criminalidade, pode se proteger dessa turma, evitando frequentar os locais preferidos por eles. Na hora de votar, dê-se o troco.
O terror não pode ser um instrumento de campanha. Mesmo para quem acredita que vive a última chance de ter o poder para usá-lo ao seu bel prazer.
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